Para a criança, brincar é tão importante e sério como trabalhar o é para o adulto. A postura ereta e o equilíbrio, que possibilitam o andar, exigem esforço e levam muito tempo. Consciente desses fatos, a proposta Waldorf na Educação Infantil é a de proporcionar à criança um meio ambiente com oportunidades de se exercitar em variadas vivências. As experiências ocorrem por “épocas”, onde uma temática (festas cristãs e relacionada à natureza) é trabalhada por três ou quatro semanas. A mesa de época, montada pela professora, é a referência que a criança tem durante este período; quando ela muda, ela sabe que as histórias, as músicas, a roda rítmica também serão diferentes. Há o momento de brincar dentro da sala e outro fora, assim como o da “parte rítmica”, quando o educador fala sobre as coisas do mundo, expressando-as em forma de gestos, de ciranda e dramatizações. A criança o imita e assim aprende por meio de vivências corporais. Na hora do lanche, busca-se o cultivo dos bons hábitos de higiene, nutrição, assim como a socialização, o respeito e a veneração. O dia termina com um conto de fadas, uma apresentação de teatro ou de bonecos ou uma brincadeira de dedos. Nos casos em que a criança fica em dois períodos, ela então pode brincar livremente no contraturno.
Além disso, a proposta Waldorf valoriza a conexão com a natureza, proporcionando experiências ao ar livre que estimulam a curiosidade e o amor pelo ambiente natural. As crianças são incentivadas a explorar o mundo ao seu redor, participando de atividades como jardinagem, caminhadas e observação de plantas e animais. Essas vivências não apenas ampliam seu conhecimento sobre o ciclo da vida, mas também promovem um sentimento de pertencimento e cuidado com a natureza. Através dessas interações, as crianças aprendem a importância da sustentabilidade e desenvolvem uma relação respeitosa com o meio ambiente, fundamentais para sua formação integral.